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Por que precisamos decolonializar nosso pensamento?

Atualizado: 4 de set. de 2021

É essa pergunta que a mesa "Decolonialidade dos Saberes" tenta responder no próximo dia 19, na véspera das comemorações da Consciência Negra. O evento realizado pelo Sociologia em Movimento, grupo de extensão da Faculdade de Educação da USP e com grande atuação no curso de Ciências Sociais, onde o debate acontece, traz professores e professoras tanto da educação básica como da superior para debater a necessidade de subverter a lógica colonial e o pensamento que busca diminuir a nossa cultura e nossos saberes ancestrais.

Em um fundo laranja temos a silhueta de uma moça de cabelos cacheados com um mapa da america latina em negativo, ao lado temos a obra clássica "El norte ES el Sur" que consiste num croquí de um mapa da América Latina com o Sul na parte superior da tela, ou seja de ponta cabeça da orientação mais comum.
A divisão do mundo entre colonizadores e colonizados deixou marcas profundas na maneira como pensamos a América Latina.

A América Latina como centro


Por muito tempo o mundo foi dividido entre metrópoles colonizadoras e as colônias de extrativismo. Essa condição de inferioridade imposta pelos povos europeus para o "novo mundo" (que aliás de novo não tem nada), como um povo fadado a seguir o sistema econômico e especialmente costumes da cultura "civilizada" eurocentrista, resultou numa profunda marca que ainda continua presa na maneira em que pensamos a América Latina.


Até mesmo o nome dado ao nosso continente têm raízes na substituição dos símbolos nativos por europeus, como na homenagem ao navegador espanhol Américo Vespúcio em contraponto do nome que já tínhamos: Abya Yala. Podemos ainda se alongar pela própria concepção das universidades, funcionando com moldes importados tão bem arraigados na prática dessas instituições que até mesmo um evento como este precisa se adequar a algumas condutas colonialistas, em certa medida.


Descolonizar o pensamento


Parte da solução dessa problemática passa por avanços que educadoras e educadores de todo continente fazem para resgatar a ancestralidade e trazer contrapontos a maneira de pensar que nos foi imposta. Isso necessariamente carrega consigo a valorização das diferentes culturas que conviviam (melhor dizendo, convivem) por estas terras, uma postura antirracista, menos patriarcal e heteronormativa, além da identificação dos restos da estrutura colonial que apagam a nossa história ancestral. Procuramos alguns educadores e educadoras que já fazem ou pensam isso em seus trabalhos e eles vem nos contar sobre no dia 19 de novembro.


Decolonialidade e Ciências Sociais


Não podemos esperar que esse tipo de ideia se dissemine sem que haja o debate em torno do tema, é preciso pautar o assunto para a universidade, especialmente em uma área que forma milhares de professores e professoras e que pautado no pensamento crítico, investiga o funcionamento da sociedade. Por isso o Sociologia em Movimento convida você para a mesa "Decolonialidade dos Saberes" que acontece no próximo dia 19.11 às 18h15, na Sala 101 do Edifício de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH USP. O evento é como a universidade pública deve ser: gratuito e sem inscrição prévia, com a emissão de certificados. Para saber como chegar clique aqui, confira mais informações no evento, clicando na imagem abaixo.


Abaixo você também encontra a gravação do evento.




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