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Foto do escritorRicardo Freire

Violência de gênero e Mídia: Quem matou Eloá?

No primeiro semestre de 2017, enquanto discutíamos gênero, foi exibido o documentário "Quem Matou Eloá?" em que se discute o papel da mídia na cobertura do caso, em que o sequestrante Lindemberg foi caracterizado como um homem apaixonado e o cárcere como uma história de amor com final trágico. O documentário critica também a intervenção da mídia no trabalho dos policiais que foram duramente criticados por deixar uma refém liberta voltar ao apartamento e por alongar por mais de 100 horas o cárcere, que não coincidentemente acabou em horário nobre.



ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO : QUEM MATOU ELOÁ?


1. Prática Social


1.1. Objetivos

Exibir para os alunos do ensino médio o documentário afim de embasar a discussão sobre o papel social da mídia enquanto veículo de informações, da postura geral que as emissoras têm em casos de crimes passionais contra mulheres e da violência moral que esse tipo de cobertura desperta.


1.2. Listagem dos Conteúdos:

  • Exibição do documentário

  • Discussão sobre o papel da mídia nesse caso

  • Discussão sobre a violência de gênero e mídia

2. Problematização


2.1. Discussão sobre o conteúdo

  • Vocês lembram desse caso?

  • O que o documentário fala sobre a mídia é verdade?

  • O que vocês pensam/pensavam sobre o sequestrador, ele tem culpa?

  • Como a mídia (principalmente os programas policiais) mostram esses crimes passionais?

  • Tem alguma diferença de abordagem dependendo do gênero do criminoso?

  • Eloá ser baleada na virilha foi uma coincidência?


2.2. Dimensões do conteúdo

  • Conceitual: Sociologia - função social da mídia; violência de gênero; banalização do mal. Antropologia - performance; espetacularização.

3. Instrumentalização


3.1. Recursos humanos e materiais

  • Documentário em CD ou Pendrive

  • Aparelho de DVD

  • Televisão

OU

  • Acesso a internet

  • Projetor

  • Notebook ou PC


4. Catarse


4.1. Síntese Mental

Os educandos devem compreender a problemática do interferência da mídia nesse caso e relacionar com os exemplos atuais de programas "jornalísticos" policiais. Além de entender como a mulher assume parte da culpa (mesmo quando vítima de um crime) por "seduzir" ou "iludir" o outro lado do caso, sendo isso uma postura inadequada da mídia que exerce valor de júizo sobre as informações (em teoria imparciais) que é obrigada a divulgar.


4.2. Expressão da síntese

Se espera que a avaliação dos educandos seja feita pelo nível do debate, por participação em aula e pelas questões levantadas em aula.


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É possível assistir o documentário aqui abaixo:

Espero que tenham gostado ;)


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